quinta-feira, 18 de maio de 2017

Amar sem gênero

Amar sem gênero
Para o amor não tem endereço
Se todos somos iguais em essência
O amar será sempre a consequência
De quem por ti tem algum apreço

Tire a sua fobia do meu caminho
Que eu quero passar com meu amor
Se para os seus eu sou um espinho
Com os meus eu amo sem pudor

Sonho com um amanhã colorido
Onde o amar não tenha gênero
O carinho venha do indefinido
Nosso amor nunca será efêmero

Pedro Junqueira Franco de Castro 17/05/2017

terça-feira, 2 de maio de 2017

Lá se vai um sujeito de sorte

Lá se vai um sujeito de sorte

Apesar de ser apenas um rapaz latino
Quando pergunto ao pássaro preto
Me considero um sujeito de sorte
Vi o Belchior cantar bem do meu lado
Lembro-me que quase morri do coração
Quando você me acenou com a mão

Eu não estou interessado em teoria
Parte da poesia que busco na vida
Encontrei nos versos da sua música
Não tenho mais vinte e cinco anos
Mas o seu tango que não é argentino
Ainda me vai bem melhor que um blues

Pelas paralelas dos pneus na água
Fugiu daquilo tudo que era seu
Porque hoje teve um compromisso
Daqueles que não se escolhe faltar
Esse ano morreu o latino americano
Mas o seu canto na história não morre

A palo seco chega à notícia
Desesperadamente eu grito
A sua música sempre viva
Nas lágrimas do jovem
Que chora a sua partida
Assim como nossos pais

Pedro Junqueira Franco de Castro 29/05/2017