quarta-feira, 29 de junho de 2011

A velha canção da eternidade

A velha canção da eternidade

As pessoas nunca se vão por inteiro
Uma parte delas sempre fica no vento
Basta você sentir a brisa em seu rosto
Um mar de lembranças tocará seu peito
O amor que ela deixou se faz presente
Nutrindo a eterna saudade do inesquecível

Ainda que elas não estejam fisicamente
Sua presença ainda é sentida no amor
Basta uma lagrima para fazer lembrar
Tocando bem no fundo de sua alma
Sua canção ainda está voando ao vento
Cantando a lição que se deixou de herança

Aquilo que era matéria se foi
Voltou para o ciclo da vida
Não adianta procurar na matéria
O que restou está na alma
Ainda que não possamos tocar
Podemos fantasiar o abraço
E sentir novamente o beijo
As sensações não se vão
Estão guardadas no coração

Se te faz bem crie o céu
Mas lembre-se o céu é alma
Tudo no céu é feito de luz
O céu é uma energia infinita
E essa luz que se vai também fica
Fica nos nossos sonhos
Basta sonhar para tocar sua alma
Fica nos nossos corações
Basta amar para sentir sua presença

Esqueça a frase não dita
Esqueça a palavra ferida
A vida não volta atrás
E se existe saudade
Também existiu o amor
Guarde as boas lembranças
A lição que foi ensinada
E aquela velha esperança
De na eternidade se encontrar

Pedro Junqueira Franco de Castro 01:43 29/06/2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

Amor em Gênesis

Amor em Gênesis

Quando não havia nada
O universo era só ausência
Dois opostos foram atraídos
Era o amor criando mundos
Da explosão da paixão
Fez-se o céu e as estrelas
Formados pela atração
Unidos pelas afinidades
Depois da explosão da paixão
O amor pôs tudo em ordem

Quando só existia matéria
O planeta era um átomo a mais
Duas moléculas foram atraídas
Era o amor criando a vida
Da fúria dos vulcões
Fez-se a atmosfera e a agua
Formados pela confusão
Separados pelas diferenças
Depois da confusão da fúria
O amor pôs tudo no lugar

Quando os seres eram aquáticos
A vida vivia mergulhada na agua
Dois seres foram atraídos
Era o amor diversificando
Da mistura de orgânicos
Fez-se o vegetal e o animal
Formados pelas tentativas
Separados por particularidades
Depois da diversão da mistura
O amor pôs cada um em seu lugar

Quando tudo parecia já feito
A vida parecia até ser perfeita
Duas metades se uniram
Era o amor na forma mais plena
Da mistura de dois gametas
Fez-se o homem e a mulher
Formados pela unificação
Separados pela evolução
Depois do fluxo dos gametas
O amor se instalou no ser

Quando o fim era certo
A vida já se via completa
Novos encontros se fizeram
Era o amor sempre fluindo
Misturando as diferenças
Fazendo novos seres
Trilando novos caminhos
Criando possibilidades
Em direção ao infinito
Vai caminhando o amor

Pedro Junqueira Franco de Castro 22:07 28/06/2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Problemas, paradigmas, limites e fins.

Problemas, paradigmas, limites e fins.

Não existe problema sem solução
Você pode tentar fugir em vão
Mas assim como o problema
A solução também está em você

Não há paradigma que não se quebre
Cada um constrói o seu com o que a vida deu
Mas a vida sempre dá um novo horizonte
E com eles novos paradigmas podem nascer

Não dê muita importância aos limites
Agora é a hora de superara-los
A vida é o campo da possibilidade
A impossibilidade reside na morte

Não temos como viver só de fim
Nossa vida é sempre cíclica
Há sempre um novo começo
No final de cada término

Pedro Junqueira Franco de Castro 03:00 22/06/2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ponte da amizade

Ponte da amizade

Tudo bem se quiseres partir
Mas se ficares posso te prometer
Terás sempre meu sorriso sincero
Minhas palavras sempre serão doces
Ainda que precisem ser honestas
Meus ouvidos sempre atentos
Mesmo que suas palavras calem
Eu serei sempre um guardião
Com zelo guardarei nosso templo

Não te forçarei a ficares
Mas se assim quiseres prometerei
Meu olhar fará festa sempre que te ver
Minha coragem será fiel a sua vontade
E quando sua vontade for desistir
Meu compromisso será em te levantar
Mesmo que para isso precise fantasiar
Eu serei sempre um bom irmão
Comprometido cuidarei de nosso jardim

E se tudo isso não servir
Se mesmo assim tiveres que partir
Voltas, pois sempre estarei aqui
Seus segredos estarão no velho cofre
Ainda terei um baú de conselhos pra ti
Continuarei sendo só ouvidos
Nossas conversas ainda aquecerão
Minha mão estará te esperando
Para formarmos novamente
Nossa velha ponte da amizade

Pedro Junqueira Franco de Castro 02:42 21/06/2011

Noite de São João

Noite de São João

Noite de fria e alegre
No céu feito estrelas
Brilham balões de São João
Prendendo nossa atenção
Libertando nossa imaginação
Os balões estão livres
Quem os guia é a chama
Libertando-os até o céu

Presos estamos a terra
Com sonhos de liberdade
Juntos em uma quadrilha
Dançamos nossa alegria
Ainda que presos ao circulo
A união liberta nossa força
Juntos na mesma sintonia
Libertando-nos da realidade

Ainda em pensamentos livres
Estamos presos a musica
Libertando nosso corpo
Estamos presos ao vinho
Libertando nossa vergonha
Juntos de mãos dadas
Mãos que nos prendem
Libertando-nos da solidão

Livre mesmo só a chama
A chama da fogueira
Queimando em labaredas
Dançando no seu ritmo
Chegando perto das nuvens
E a chama do coração
Que nos guia feito balão
Levando-nos até o céu

Pedro Junqueira Franco de Castro 16:50 20/06/2011

Dissabor, desprazer e desesperança

Dissabor, desprazer e desesperança

Existem esperanças medíocres
Que não nos dão o impulso
Apenas esperar já nos basta
Esperar a derrota premeditada
Esperar o fim já anunciado
Esperar num eterno dissabor
Criamos raízes no tempo
Presos na falta de querer

Existem propósitos opressores
Os quais o impulso vem de fora
Todo proposito deve vir de dentro
É de dentro que vem o prazer
É de dentro que vem o sentido
Dentro onde mora o coração
E um proposito sem emoção
Mata qualquer boa intenção

Existem prazeres que corroem
Levam momentos de euforia
Sem alimentar nossa alma
Prazeres que nos distraem
Dispersam dos nossos sonhos
Consomem horas de vida
Aproximando-nos da morte
Aumentando o vazio do viver

Podem existir meias verdades
Algo pode ser bom para alguém
Como pode ser ruim para outro
Ao se olhar através da razão
Quase tudo é relativo nessa vida
É preciso abrir os olhos do coração
O coração é capaz de dar o sentido
Para aquilo que não tem sentido

Pedro Junqueira Franco de Castro 00:33 20/06/2011

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Homenagem a minha super-madrinha

Homenagem a minha super-madrinha

Dentre todos os ofícios ela escolheu o mais justo
E ainda que tenha cursado Direito
Hoje seu oficio é de mãe, madrinha e mulher
Que cumpre com dedicação e amor
E também com muita alegria
Pois se vê realizada naquilo que faz

Como toda irmã mais velha
Ela sempre se prontifica a proteger
Defende aquilo que acredita ser justo
E assim como os super-heróis
Vai até as ultimas consequências
Ela é uma super-mãe e super-madrinha
E pro seu marido ela é a super-mulher

Ela não deixa que a busca da felicidade
E que as frescuras da sociedade
Tirem o sabor de suas pequenas alegrias
Alguns chegam a achar que ela é louca
Mas se ser louca é ser feliz
Ela deixa o julgamento de lado
E leva com ela a felicidade

Quando pequeno ela adivinhava meus desejos
Tirava da cartola aquilo que eu precisava
Na adolescência muitas vezes ela fez magica
E fez sumir as lagrimas de minha face
Hoje ela continua fazendo milagre
Sua superstição de mãe não deixa nada passar
Feliz eu que tenho uma fada madrinha
Só posso agradecer tudo que você é para mim
Minha sempre minha Dinda

Pedro Junqueira Franco de Castro 00:02 14/06/2011

O jardim da vida

O jardim da vida

Nossa vida é assim feito jardim
As primeiras sementes deram vida
Foram lançadas por nossos pais
Logo depois vieram as pioneiras
Lançadas pela nossa família
Dando condições para novos brotos

As pessoas entram na nossa vida
São novas sementes em nosso jardim
Algumas gostam do solo e logo brotam
Crescem a vontade sem precisar de muito
Logo criam raízes em nosso peito
E nos alimentam com seus frutos

Algumas carecem de mais cuidado
Se quisermos ver uma arvore brotar
Será preciso adubar e cuidar bem
São exóticas e muito frágeis
Mas podem trazer diversidade

Algumas são apenas flores
Surgem quase que espontaneamente
São nossas paixões momentâneas
Existem só para embelezar nosso caminho
Apenas contempla-las já basta

É certo que existem as daninhas
Sugam sem nunca servir
Estão ali só para atrapalhar
Com essas é preciso cuidado
Se deixarmos elas tomam conta

O solo desse jardim é nosso coração
É ele que vai nutrir nossos relacionamentos
O desenvolvimento de casa semente
Passa pela qualidade desses sentimentos

Nosso intelecto faz o trabalho do jardineiro
Cabe a ele adubar quando preciso
Podar as nossas arvores se necessário
Cuidar para que as daninhas não vinguem

Temos no corpo a porta de entrada
Ele permite o contato com as sementes
Se tivermos um jardim bem cuidado
Sua porta de entrada será atraente

Assim como para cuidar de um jardim
É preciso conhecer as forças vitais
Pois elas também agem no nosso jardim
E quando você a conhece bem
Seu jardim flui e se renova
Mantendo-se sempre diverso

Pedro Junqueira Franco de Castro 15:22 16/06/2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

Anjos de uma asa só

Anjos de uma asa só

Somos anjos de uma só asa
E precisamos de um par para voar
Somos o fruto da maça proibida
E precisamos parti-la para amar
Somos metades de deuses na terra
E precisamos de um par para reinar
Somos nuvens isoladas em um céu
E precisamos se unir para fazer chover

Andamos pelo mundo querendo encontrar
Encontrar amores e amigos que nos façam voar
Metades de maça para o nosso amor alimentar
Outros semideuses para criarmos mundos
E nuvens carregadas de sonhos para fazer chover

Algumas vezes nos prometem o voo
Mas o que recebemos é a queda
Nos fechamos feito anjos caídos
Mas o tempo cura nossa asa
Apitos a mais um voo tentar

Algumas vezes nos prometem um mundo
Mas que por ser feito de areia desmorona
Despertamos a nossa fúria de deuses
Mas o tempo acalma o tufão
E novos mundos podemos erguer

Algumas vezes repartimos a maça
Mas uma das partes vem envenenada
Envenenados caímos no sono profundo
Mas logo um beijo quebra o encanto
E um novo amor vem alimentar

Algumas vezes juntamos nossa nuvem
Mas não gostamos do desenho formado
Grandes nuvens negras se formam
Mas logo que um raio nos parta
Precipitamos novamente em gotas de amor

Cair, se envenenar, desmoronar e chorar
Tudo isso faz parte do amar
E de nada adianta querermos se isolar
Dentro de nos temos um universo
Precisamos dividi-lo com o mundo
Seja com amigos
Seja com amores
Seja com quer for
Universos se atraem
Anjos precisam voar
Maças carecem de bocas
Nuvens cruzam o caminho
Deuses criam mundos
Mundos são feitos de sonhos
E sonhos só fazem realidades
Quando damos as mãos
Encontrando no amor a salvação

Pedro Junqueira Franco de Castro 02:00 13/06/2011

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Manhã cinzenta

Manhã cinzenta

Chove e faz frio lá fora
Mas a vida continua
Mesmo sem proposito
É isso que o capitalismo tem a oferecer
Um pouco de conforto para alguns
Um tanto de frio para outros
Um pouco de democracia para alguns
Um tanto de conformismo para tantos
Vivemos um tempo ameno
As grandes ideologias caíram
Foram enterradas pelo pós-modernismo
Os propósitos agora tão líquidos
Chegam a escorrer por entre os dedos
E vamos seguindo em frente...

Triste a manhã após o muro cair
Pois com ele caiu à esperança
Esperança de um mundo novo
Levou junto à segunda opção
O outro lado da moeda
Decretou o fim da luta social
O socialismo devia ter se preocupado...
...mais com a cooperação...
...mais com a igualdade...
...mais com as pessoas...
Mas caiu no jogo do capital
Entrou em uma guerra de poder
Deveria ser um sistema de paz
Mas a ganancia por dominar
O levou a uma guerra de palavras
E decretou o fim de seus ideais

Mesmo aqui sentado eu ainda acredito
Acredito nas pessoas lá fora
Elas só estão esperando a oportunidade
Ainda vamos sair unidos e construir
Construir um novo sistema
Onde o fim seja a felicidade
Onde o fim sejam as pessoas
Onde o fim seja a vida
E não o próprio sistema
Lutaremos juntos por um proposito
Que não seja manter um sistema
Pois os sistemas são os meios
E as pessoas devem ser o fim

Agora vou tentar apenas deitar
Acordem-me quando acabar a pós-modernidade
Eu sei que atrás das nuvens dessa manha cinzenta
Existe um sol que aquece e ilumina
A era de aquários começa
Primeiro passaremos por necessidades
Servirão para abrir nossos olhos
A chuva vai limpar nosso corpo da lama
O vento levara tudo que for fraco
Quebrara tudo que for forte
Ficara apenas o que tiver leveza
Aquilo que tiver asas e souber voar
A flexibilidade vai nos salvar
Restara apenas o nosso amor
E só assim construiremos o paraíso
E os que enxergarem a luz vão vive-lo

Pedro Junqueira Franco de Castro 15:02 09/06/2011

Ronaldo, eternamente fenômeno.

Ronaldo, eternamente fenômeno.

Ele é Ronaldo dos dribles desconcertantes
De deixar zagueiros caídos no chão
Ele é Ronaldo das arrancadas espetaculares
De deixar metade do time para trás
Ele é Ronaldo das pinturas que viram gol
E dos goleiros caídos aos seus pés
Se algum dia um gol me arrepiou
Mesmo sendo contra meu time
Foi através dos pés dele
Pois quando a bola estava em seus pés
Ele não falava apenas com o corpo
Ele falava com a sua alma

Seres humanos como Ronaldo são poucos
Um típico brasileiro que nunca desistiu
Quando todos achavam que era seu fim
Ele tirava aquele restinho de esperança
Que estava guardado no fundo da alma
E voltava a ser o mesmo Ronaldo de sempre
Mostrando-nos que é preciso acreditar
Mesmo que os limites físicos falem mais alto
Nossa alma não tem limites e pode voar

Hoje Ronaldo faz sua despedida do futebol
Mas sua historia de amor com a bola continua
Mesmo fora de campo ele continuara a servir
O fenômeno Ronaldo vai embora
Mas deixa como legado para o futebol:
A molecagem, a paixão, a magia e o gol.
Nos deixa a lembrança da amarelinha nove
Com a qual se sagrou artilheiro de todas as copas
Deus lhe deu uma chance de ser eterno
E assim como ele não perdia gols
Essa chance ele não deixou passar
Entrou para eternidade com a bola
Cravou uma estrela para sempre no peito de um povo
Obrigado Ronaldo Luís Nazário de Lima por ser brasileiro...
E por nunca desistir de levar a emoção através de seus pés
Para todo brasileiro você vai ser eternamente o fenômeno, Ronaldo.

Pedro Junqueira Franco de Castro 01:13 09/06/2011

terça-feira, 7 de junho de 2011

Não temos tempo de temer a morte

Não temos tempo de temer a morte

Não é preciso temer a morte
Temer a nossa única certeza
É decretar o fim antes de começar
É viver para ver o fim
E morrer em vida

É necessário viver com a certeza
...que agora é a hora de ser feliz...
...que agora é a hora de sorrir...
...que agora é a hora de dizer eu te amo...
...pois mais tarde pode ser tarde demais.
Então a única certeza é que devemos viver
O presente é o momento de vencer a morte
De dizer para ela que mesmo que ela venha inesperada
Mesmo que ela venha sem razão
Mesmo que ela venha cruel
Você foi mais forte que ela
Pois venceu com honra cada dia
Da grande batalha da vida

Lembre-se que os que fazem cada segundo ser eterno
Esses ficam para sempre na memoria da humanidade
E para eles a vida nunca tem um ponto final
Ela é apenas uma pagina de um livro de muitos capítulos
Escrito por muitas encarnações através de muitas vidas
Vivem feito deuses e morrem feito santos
Com a paz e a certeza que mesmo que não voltem
Deixaram a marca de sua alma para sempre, na eternidade.

Pedro Junqueira Franco de Castro 00:20 06/06/2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Poema para minha santa-avó Nadime

Poema para minha santa-avó Nadime

Minha avó meu deu a paciência
Paciência de mãe e mulher
Mãe dedicada e presente
Mulher que sempre esperou
Esperou pela verdade
Esperou sem desanimar
E hoje continua a esperar
Espera os sonhos que a vida levou

Minha avó me deu a paz
Paz de um espírito tranquilo
De uma alma complacente com a verdade
A vida lhe deu motivos de sobra para revolta
Mas ela não deixou que levassem sua paz
E viu na compaixão um caminho a seguir
Hoje ela assiste a tudo com essa paz
Que reside na fé que o bem vigora

Minha avó é uma santa
Dessas que não se faz mais
Seu compromisso é com Deus
Sua oração é pela família
Trás no nome a descendência síria
Que a faz mulher feita para cuidar
E hoje esse é o seu proposito
Cuidar da família que é o sonho que lhe restou

Pedro Junqueira Franco de Castro 02:18 31/05/2011

Não temas Larissa

Não temas Larissa

Não é preciso temer Larissa
Esse mal logo vai passar
Abra seu coração e deixe-o ir
Ele é daqueles que vem para o bem
Para te mostrar o quão forte você é
Para derrubar velhas certezas
E te mostrar o caminho
Pois a força está dentro de você
E só espera a hora certa para vir

Não é preciso temer Larissa
Quando pensares estar cansada
Nós estaremos aqui para te fortalecer
Nessa batalha você não vai lutar só
Seus amigos estão para apoiar
Sua família seguindo seus passos
Seu amor segurando sua mão
E Deus sempre em seu coração
E com ele a vitória é questão de tempo

Não é preciso temer Larissa
Depois que as nuvens passarem
O sol brilhará mais forte
Sua força estará renovada
A praga de seu jardim eliminada
Uma semente brotara para celebrar
A vitória da vida abençoada
E seus frutos vão mostrar
Que o bem sempre vigorara

Pedro Junqueira Franco de Castro 01:14 06/06/2011

Homenagem a nossa deusa Gaia

Homenagem a nossa deusa Gaia

E Deus nos deu a inteligência
Nos fez diferente dos outros
Inocentemente comemoramos
Vangloriamo-nos superiores
Esquecemo-nos do maior detalhe
A inteligência é responsabilidade
Pois para os outros basta copiar
E o ciclo da vida se mantem
Mas para nós é preciso mais
É preciso de sensibilidade
Para tocar a terra com zelo
E fazer dela sua morada

É necessário cuidar
Cuidar da água
Para que se mantenha limpa
E nos sirva de fluido vital
Cuidar da mata
Para que se mantenha viva
E nos sirva de proteção
Cuidar do ar
Para que se mantenha puro
E nos sirva de sopro
Cuidar do fogo
Para que se mantenha chama
E nos sirva de calor
Cuidar da terra
Para que se mantenha nutritiva
E nos sirva de sustento
Cuidar, pois antes de se servir dela
É necessário servir a ela

Somos filhos dessa terra
Do seu barro fez-se nossa carne
O seu fogo inflamou nossos corações
Foi seu ar que estufou nossos peitos
E sua agua que fez tudo isso fluir
Mas não somos os únicos
É preciso aprender a dividir
Zelando pelos próximos
Cuidando de nossos irmãos
Devolvendo a terra o carinho recebido
Tocando ela como grande mãe que é
Com respeito e amor a nossa deusa Gaia
Mãe eterna e soberana
Senhora das leis e do saber
Deu-nos a vida e pode tirar
Pois quando machucada ela se fecha
Nosso ciclo termina e ela continua
Dando vida a quem souber lhe amar

Pedro Junqueira Franco de Castro 04:32 06/06/2011

sexta-feira, 3 de junho de 2011

I Wish We Here

I Wish We Here

Éramos grandes e loucos diamantes
Esperando a oportunidade de brilhar
O mundo havia nos virado as costas
E nos viramos às costas para o mundo
Presos na barriga de nossa grande baleia
Nadando no nosso mesmo e velho aquário

Passávamos à tarde ociosa
Destilando o prazer de nada fazer
Quando saiamos era para ver o mundo girar
Através de uma bola ou da lucidez perdida
Íamos para aula e voltávamos com uma certeza
Ou havia algo de muito errado com o mundo
Ou deveríamos partir na próxima nave
Pois a esse mundo não podíamos pertencer
O mundo nos apresentava a grande maquina
Mas não queríamos ser mais uma peça nessa engrenagem

Hoje eu continuo a rodar o mundo
Sem a comida acolhedora de nossa mãe
Sem o dialogo que consumia a noite
Sem a erva e a bebida que regava nossa musica
Sem a companhia de nossos mascotes
Sem a presença física de grandes irmãos
Mas com o velho vinil do Pink Floyd
E com os mesmos velhos medos
Como queria que nós estivéssemos aqui
E é até estranho falar de ausência
Sendo algo tão presente em meu coração

Pedro Junqueira Franco de Castro 17:34 03/06/2011

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ser feliz...

Ser feliz...

Muitos a colocam em um altar
Explicam em formulas complexas
Expõem em livros de auto ajuda
Colocam a venda como mercadoria
Deixam na mão de outra pessoa
Mas a felicidade gosta de brincar
Passando de mão em mão
Se escondendo em pequenas coisas
Que por serem pequenas passam despercebidas
Sob o olhar de homens que se dizem grandes
Acabamos por esquecer que seu lugar é o coração

Pouco já me basta para ser feliz
Basta um sorriso sincero...
...um abraço amigo...
...uma conversa de bar...
... e a bolar a rolar...
...que minha felicidade já está a cantar.

Pois não preciso de mais...
...mais que o vento batendo em minha cara...
...mais que passarinhos voando no céu...
...e meus pés tocando o chão...
...para ser feliz então...

Pedro Junqueira Franco de Castro 01:53 03/06/2011

Jogo de poder

Jogo de poder

Quer gritar, então grite
Você está no seu direito
Só não me peça pra escutar
Meu ouvido é refinado
Só escuta o que respeita
E só respeita o que admira
Sua forma de poder não me admira

O mundo já está cheio de gente
Gente assim como você
Que se enamora com o poder
Seres sádicos e vaidosos
Vivem do prazer da dor alheia
Vão se consumindo aos poucos
Vitimas de seu próprio veneno

Vivem feito cães de briga
Assim são os homens do mal
Negam o amor e vivem o terror
Dominam pessoas pelo medo
Covardes seres inferiores
Por não encontratem sua paz
Procuram acabar com a alheia

Eu sigo meu próprio caminho
As suas regras eu já aprendi
E do seu jogo eu não participo
Apenas assisto você envelhecer
Com suas idéias ultrapassadas
Vivo sem me deixar contaminar
Sendo para sempre jovem

Pedro Junqueira Franco de Castro 14:28 02/06/2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tecendo uma nova vida

Tecendo uma nova vida

Veja de coração aberto
Com sua alma limpa
O mundo atrás do muro
A vida atrás da porta
A banda além da janela
A felicidade está aqui e lá
E só você pode tocar

Contemple com o coração
Esqueça qualquer definição
A flor é bela para cheirar
O pássaro canta para encantar
A fruta pode te alimentar
Deus fez tudo isso além de ti
É pecado você não cuidar

Cative e se deixe cativar
Nessa brincadeira de laçar
A teia da vida vai se tecer
Uma nova idéia vai florescer
Acredite no impossível voo
Pois mesmo que sem querer
Ele pode um dia acontecer

Pedro Junqueira Franco de Castro 03:29 02/06/2011

A vida e o Caqui

A vida e o Caqui

Caqui fruto da vida
Leva a vida daqui
E trás cá aqui
Folhas estão cair
Daquele pé de caqui
Cada folha é uma vida
Vai voando ao cair

A bomba de Hiroshima
Tirou a vida dali
E deixou o caqui
Broto da vida
Vida sem broto
Não é coisa daqui
Viva o broto do caqui

Canta a muda em silencio
Mudas que querem contar
A vitória do caqui
Funde-se a historia da vida
Se o Caqui brotou aqui
A vida cala a morte
Esperança sempre irá florir

Pedro Junqueira Franco de Castro 01:46 02/06/2011

Guerra em paz

Guerra em paz

Sou um covarde
Se ser um covarde é dar o braço a torcer, então o sou
Eu prefiro o dialogo conciliador as palavras que ferem
E prefiro perder meu orgulho a perder minha paz

Sou um falso
Se ser um falso é ser simpático com todos, então o sou
Eu prefiro o sorriso como boas vindas à cara fechada ao desconhecido
E prefiro perder o meu ego a perder uma nova amizade

Sou um bobo
Se ser um bobo é ser só bondade, então o sou
Eu prefiro ajudar ao próximo à desconfiança alheia
E prefiro perder a confiança no próximo a perder o altruísmo

Sou um louco
Se ser um louco é acreditar no impossível , então o sou
Eu prefiro criar minhas próprias possibilidades a me fechar nas limitações
E prefiro perder a minhas ilusões a deixar de construir novos castelos

Sou uma criança
Se ser criança é se divertir com pouco, então o sou
Eu prefiro viver de sonhos a morrer com a realidade
E prefiro cair na real a abdicar dos momentos de fantasia

Minha luta é em silencio
Minha guerra é em paz
Minha força vem da renuncia
Na minha batalha vence quem tem o maior coração

Pedro Junqueira Franco de Castro 00:05 02/06/2011