terça-feira, 31 de maio de 2011

Não chore Carolina

Não chore Carolina

Não chore Carolina
As suas lágrimas valem mais
Mais que o sorriso falso que te encantou
Mais que as palavras frias que te enganaram
Mais que esse falso amor que te fez crer
As lágrimas de uma mulher apaixonada
Não valem a dor de um amor leviano

Não chore Carolina
Quem perdeu foi ele
Perdeu os sonhos que a ele dedicou
Perdeu as doces palavras que no seu ouvido sussurrou
Perdeu as flores que em seu jardim cultivou
A perda sempre fica com quem seguiu sozinho
Você ganhou a chance de se abrir a um verdadeiro amor

Não chore Carolina
Você é bem maior que isso
Maior que uma brincadeira de moleque
Maior que um jogo de poder
Maior que pessoas levianas que te roubam o sono
O seu coração é grande como seu amor
E não precisa mendigar migalhas de um ladrão

Pedro Junqueira Franco de Castro 01:54 31/05/2011

domingo, 29 de maio de 2011

Poesia para o poeta Luan Emilio Faustino

Poesia para o poeta Luan Emilio Faustino

Grande Lua chamada Luan
Essa escuridão que contigo caminha
É chamada noite para os normais
Mas para os poetas é chama
Chama que queima a realidade
Que trás inspirações e sonhos
Enquanto ela durar sua poesia será bela

Herdou de sua raça ariana o ego
Ele também caminha ao seu lado
Para os leigos seu ego é presunção
Já para os poetas é confiança
Confiança que ajuda enfrentar a realidade
Que trás segurança e paz
Enquanto ela durar sua poesia será forte

Por ser filho de uma era instantânea
Você caminha sempre inconstante
Se apaixona como doce é para criança
Mas logo esquece feito brincadeira do acaso
Acaso que sempre se coloca no seu caminho
E trás encanto e curiosidade
Enquanto ele ficar sua poesia renascera

Pedro Junqueira Franco de Castro 00:15 30/05/2011

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Preocupações demais, vida de menos.

Preocupações demais, vida de menos.

Se as pessoas se preocupassem menos com o ódio
Sobraria mais tempo para amarem
Se as pessoas se preocupassem menos com dinheiro
Sobraria mais tempo para serem felizes
Se as pessoas se preocupassem menos com o alheio
Sobraria mais tempo para dialogarem
Se as pessoas se preocupassem menos com prazer
Sobraria mais tempo para se satisfizer
Se as pessoas se preocupassem menos com o supérfluo
Sobraria mais tempo para o essencial
Se as pessoas se preocupassem menos com o não
Sobraria mais tempo para o sim
Se as pessoas se preocupassem menos com a razão
Sobraria mais tempo para sentirem
Se as pessoas se preocupassem menos com o futuro
Sobraria mais tempo para o presente
Se as pessoas se preocupassem menos com a prisão
Sobraria mais tempo para a liberdade
Se as pessoas se preocupassem menos com a realidade
Sobraria mais tempo para sonharem
Sociedade às avessas
Preocupamo-nos com o que não queremos
E esquecemo-nos do tempo que perdemos
Deixando-nos que o tempo leve os sonhos
E nos deixe com a realidade
Trocando o certo pelo incerto
E vendendo o que não tem preço
Com medo da escuridão da floresta
Sem saber que a luz está em nossos corações

Pedro Junqueira Franco de Castro 00:29 27/05/2011

Verso a paisana

No era do instantâneo
Nasceu um verso a paisana
Querendo alertar
Que tudo que com pressa chega
Com pressa também se vai

Pedro Junqueira Franco de Castro 00:22 27/05/2011

Corpo Sol, alma Lua

Corpo Sol, alma Lua

Assim como as flores monoclinas
Levo em mim duas formas de ser
Sou a dicotomia em carne viva
Meu coração pulsa sem ver

Sou a chave de todo sentir
Pois sinto sem pensar
Sem seguir parâmetros
O meu parâmetro é o entregar

De todas as maneiras de amar
Vivo aquela sem razão de ser
Pois para libertar os sentidos
É preciso perder toda a razão

Eu nasci com o corpo virado para o sol
Mas com a alma virada para a lua
E levo no meu corpo masculino
A sensibilidade de uma mulher

Sou um filho de marte
Vivendo um sonho de vênus
Na terra dos pecados
Sou só mais um pecador

A minha maneira de amar
Não segue uma escolha
Pois desde pequeno
Já me sabia escolhido

Se não quiser me compreender
Deixe-me apenas seguir meu destino
E não me julgue pelo meu prazer
Pois aquilo que vale é meu caráter

Para saber as razões de assim ser
É preciso antes de qualquer coisa sentir
E só que nasce com isso dentro de si
È capaz de vivê-lo e senti-lo

Pedro Junqueira Franco de Castro 00:13 23/05/2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Dança das palavras

Dança das palavras

Eu enalteço as palavras soltas no ar
Elas estão a brincar junto ao anoitecer
Em sua dança elas estão a se converter
De solitárias formas de se expressar
Saem de seus casulos feito rimas
Borboletas que dançam ao amanhecer

Eu entrelaço as palavras sem pretender
No meio do meu adormecer elas se cruzam
Acasalam-se procurando se pertencer
Dormem seres isolados e sem vida
Amanhecem formas de vida nascidas
Da combinação de suas rimas escondidas

Ser poeta é como caçar borboletas
As palavras como elas estão a voar
Basta apenas você as permitir
Elas dançam na sua cabeça
Mostrando os caminhos
Para a melhor forma de se expressar

Pedro Junqueira Franco de Castro 16:17 23/05/2011

Poema para Daniela

Poema para Daniela

Sou alegre e espontânea
Sempre livre a voar
Apesar de ser do fervo
Fui muito bem criada
E levo minha cabeça no lugar

Sou divertida e serelepe
Sempre livre a brincar
Apesar da pá virada
Dê-me motivos para sonhar
Posso contigo me enamorar

Sou uma alma leve e solta
E com muita razão de ser
Muito prazer sou Daniela
Sei que a vida vale a pena
E vou sempre na janela

Pedro Junqueira Franco de Castro 21:41 22/05/2011

Poema de meu amor paterno

Poema de meu amor paterno

Ao lembrar minha infância
Lembro sempre desses olhos
Que me olhando com amor
Fez-me sentir um tesouro
Nas mãos de um sonhador

Hoje os olhos ainda me olham
Estão sempre a me seguir
Eu me sinto um egoísta
A negar uma caricia
De seu tato criador

Quando eu mais precisei
Sua mão você estendeu
E se teve que tirar o braço
Foi pra me mostrar o caminho
Da melhor maneira sem agredir

Peço desculpa se algum dia
Com respeito lhe faltei
É que a me ver no seu espelho
Via também os meus defeitos
E acabei me esquecendo
Do tesouro que de ti ganhei

Ele brilha feito ouro
Não tem peso nem valor
Cuida da casa com amor
De seu trabalho com louvor
Leva a vida com muito frescor
Essa é a imagem do meu pai
Que quero refletir aonde eu for

Pedro Junqueira Franco de Castro 20/05/2011 02:15

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O pecado e o perdão

O pecado e o perdão

Quem dera fosse eu só santo
Mas as tentações falam mais alto
E minha sanidade se cala
De santo passo ao louco
Fruto proibido da arvore de Eva
A culpa do cristão consome a paz
Faz-me anjo caído em plena terra

Destilando o sangue que é vida
Tento em vão retirar o pecado
Que contamina minha mente
E por mais que me ponha a rezar
Que eu clame aos céus por perdão
Implorando por intervenção divina
O meu lado humano fala mais alto
E como cego que não quer ver
Caio de novo nas armadilhas da carne

A verdade é que querendo ou não
Somos metade divino e metade profano
Metade dia de trabalho
Metade noite de pecado
Metade verdade
Metade mistério
Metade loucura
Metade sanidade
Somos por fim metade pecado
Mas outra metade perdão

Pedro Junqueira Franco de Castro 18/05/2011 23:39

domingo, 15 de maio de 2011

O ser humano por completo

O ser humano por completo

Eu admito os muito carnais
Que aproveitam de prazeres banais
Vivem de excitação ao esquecer
Que o cérebro foi feito pra pensar
O coração nasceu para sentir
Que além da carne somos alma

Eu compreendo os muitos sentimentais
Que acham que a vida é só sentir
Vivem de sofrimento ao não entender
Que a nossa criança sentimental
Gosta de brincar com nossa vida
Pregando peças no nosso coração

Eu respeito os muito racionais
Que querem estar sempre com a razão
Vivem de raciocinar sem perceber
Que lá fora existe um universo
Que só a liberdade dos sentidos pode dar
Sendo preciso esquecer um pouco o juízo

Eu admiro os muito espirituais
Que transcendem a vida terrena
Vivem sublimando sem notar
Que após a morte no infinito
Poderemos esquecer a matéria
E ser apenas a nossa energia

Mas devo confessar sem preconceito
Que prefiro os seres humanos completos
Que sentem quando tem que sentir
Pensam na hora que é preciso pensar
Rezam na hora que é de espiritualizar
Dormem quando o corpo precisa descansar
Sem criar barreiras para sua essência brilhar

Pedro Junqueira Franco de Castro 2:31 14/05/2011

Poema para meu padrinho Joaquim

Poema para meu padrinho Joaquim

Eu sou espécie rara do sertão
Criado na linha dura, sem frescura
Aprendi a ser forte desde cedo
Na familia em que cresci
Não existe conversa mole
E a preguiça passa longe

Sou simples mas muito refinado
Gosto da escolha certa e conversa direta
Pois foi assim que fui criado
E ainda que tivesse outra opção
Tenho minha cabeça no lugar
E daqui ninguém me tira não

Apesar de ter conhecido muitos lugares
Volto sempre pra minha terra
Minha vida é contada nela
Foi ali que nasci e irei de morrer

Sou um dos poucos que seguiu a risca
O que uma boa educação oferece
Apesar de pouco ter ido a escola
Aprendi madrugando cedo
Trabalhando na terra
E bebendo com os amigos
A lição que uma vida bem vivida
É o melhor que o mundo pode oferecer

Pedro Junqueira Franco de Castro 01:36 14/05/2011

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Vivendo de saudades

Vivendo de saudades

Eu sou um iceberg em um mar de saudades
As pessoas e momentos passaram feito água
Levaram um pouco de mim e deixaram ausência
Se hoje tenho esse formato foi à vida que moldou
E se hoje a vida me leva feito mar
Ela deixa a certeza que está valendo a pena
Pois a saudade é um pouco da alma do outro
É o pedaço de nossas vidas que dividimos
A saudade é o amor que fica de quem parte

Eu não sei aonde colocar mais tanta saudade
Saudade que me leva para momentos passados
Saudades da infância na terra que me viu nascer
Saudades da cidade que por acaso eu fiz morada
Saudades dos colegas e professores da escola
Saudades da divertida cidade aonde me formei
Saudades da cozinha, da republica e dos amigos
São tantas saudades para um solitário peito

A vida vai me levando e me trazendo
Trilhas e caminhos
Destinos e acasos
Pessoas e momentos
O que me faz caminhar é a certeza
Que as coisas chegam e partem
Deixam saudades e levam saudades
E para mim que vivo de saudade
O presente é saudade daquilo que vou vivendo
E o futuro é a saudade daquilo que ainda não vivi

Pedro Junqueira Franco de Castro 22:27 11/05/2011

Religião e fé

Religião e fé

O que a faz grande é a fé dos seus fiéis
E por mais que se tenha o maior templo
Se tiver fiéis sem fé será apenas crença

O que a faz rica são as suas virtudes
E por mais que ostentem seus símbolos
Sem as suas virtudes será apenas dogma

O que a faz forte é a união de seu povo
E por mais que se construam muralhas
É preciso pontes para que se possa unir

O que a faz bela é a historia de seus santos
E por mais que esses sejam loiros ou pardos
É preciso servir com paixão para ser lição

O que a faz universal é a compaixão
E por mais que cada um tem seu chão
É preciso encontra-lo no próximo

O que a faz ética é a ressureição de seu valor
E por mais que tantas vezes tenha errado
Por ser humana também deve ser perdoada

O que a faz sobrenatural é a alma
E por mais que se cultuem divindades
É na espiritualidade que está à salvação

Pedro Junqueira Franco de Castro 21:50 11/05/2011

Little by Little, Piece by Piece

Little by Little, Piece by Piece

When you have gone from my life
One throbbing pain is has start
And you have drunk my life
Little by Little
But I am not dead
Because my soul is very strong

You have opened a role in my heart
Then you filled with loneliness
You had my heart in your hand
And dropped it on the floor
Piece by Piece
But I have not lost hope
Because as good as new before

Pedro Junqueira Franco de Castro 23:43 09/05/2011

Calando o capital

Calando o capital

Oh grande maquina de necessidades
Por que não se calas?
Não vê o grande mal que fazes ao homem
Criando necessidades desnecessárias
E vontades sem carência
Procuras sem razão de ser

Você não precisa de muito
Não precisa de grandes novidades
Não precisa de mais espaço
Não precisa de uma nova verdade
Muito menos de um novo mundo
Olhe com os olhos de sua criança
E verás que tudo que você precisa
Cabe em uma mão
Cabe em uma lagrima
Cabe em um sorriso
Cabe em um toque
Cabe numa gota do mar
Ou em seu grão de areia
Basta você abrir seu coração
E então sentir
Ele te dará o essencial para ser
E enfim será o que és
E não mais o que pensas
Acendendo a chama do saber
Calando a voz do grande capital

Pedro Junqueira Franco de Castro 13:33 09/05/2011

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Poema do coração cansado

Poema do coração cansado

Se não for me fazer sentir borboletas
Por favor, não bata na minha porta
Meu coração já está cansado de desilusão
Já tem muito vazio no meu peito de poeta

Se for só mais uma diversão de verão
Por favor, não venha florir no meu jardim
Meu coração já está cansado de ser sugado
Já tem muitos pedaços de meu peito espelhados

Se não for para valer a pena
Por favor, não me cative
Minha alma é muito grande
E carece de pena para ser

Se for só por um instante
Não me ponha em sua estante
Meu tesouro não é troféu
Pra passar de mão em mão

Se não for verdadeiro
Não me dê um beijo
O beijo partido fere
Como punhal alado

Mas se for eterno enquanto dure
Então me convide para voar
Eu gosto de sentir o sabor do céu
Brincando de deus com um beijo seu

Pedro Junqueira Franco de Castro 23:17 08/05/2011

Homenagem às mães do mundo

Homenagem às mães do mundo

A confirmação de sua existência
Deu-se pela dor dessa mulher
Foi com ela que por messes
Você viveu a experiência do amor
Até hoje vive na vida que lhe concedeu

Quando o filho sai, ela sai junto
Quando o filho sofre, ela se põe a sofrer
O seu coração está com ele aonde for
E só as mães são felizes
Pois só elas sabem o que é sentir por dois seres

E a maior dor do homem
É saber que ele pode ter o mundo
Pode saber e sentir de tudo
Mas nunca vai saber o que é ser mãe

Seu único medo é que as sementes
Que no mundo ela colocou
Não lhe deem frutos
Não se desabrochem numa flor

Com a força de um leão
E a leveza de uma flor
Ela cumpre seu papel
Com dedicação e amor

Dentre todas as causas do mundo
A sua é a mais legitima
Dentre todas as missões
A sua é a mais digna
Dentre todos os amores
O seu é o melhor
Te amo Mãe!

Pedro Junqueira Franco de Castro 15:15 08/05/2011

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Poema para minha doce avó Norma Terezinha

Poema para minha doce avó Norma Terezinha

Minha doce avó se foi
E meu deixou sua linda poesia
Poesia infantil, mas intensa
Intensa como ela mesma era
Um vulcão sempre a beira de erupção
Ou uma longa e fria madrugada escura

Era metade rainha
E metade lucidez
Era metade fera
E metade bela
Era metade Norma
E metade Terezinha

Sua razão era seu amor
E por sorte encontrou meu avô
Sendo muito sábio e calmo
Só ele podia acalmar
A fera que dentro dela
Sempre queria gritar

Foi com essa intensidade
Que sua família ela criou
Foram três doces meninas
Que trouxeram calmaria
Para um mar de aflições
Em seu turbulento coração

Trazia em sua poesia
Uma lembrança de menina
De sua infância ainda que sofrida
Ela não podia se esquecer
Pois trazia em seu coração
Cada um de seus irmãos

Foram tantas perdas durante a vida
Que com o apego ela passou a conviver
Mas a vida é cruel e sua riqueza roubou
E junto um pouco de sua alegria de viver
Ela então se viu como fera ferida
E em seu mundo se fechou

Quando a esperança já estava ferida
A vida mais uma peça pregou-lhe
Levou o que restava de sua alegria
Com o fim da vida de meu avô
Ela pôs-se a esperar na janela
A morte para também levá-la

Agora o que restava a seus olhos claros
Era esperar o encontro com seu amado
Em quanto isso ela se distraia
Com a alegria de seus netos e filhas
E com as canções do rei das paixões
Que lembrava seu tempo de rainha

Hoje os dois continuam a dança
Em algum lugar do céu
Como todo amor eterno
Os dois amantes se amam
Embalados pela valsa
De um sonho de mulher

Pedro Junqueira Franco de Castro 04:41 02/05/2011

Poema de primeiro de maio

Poema de primeiro de maio

Primeiro de maio
O domingo do trabalho
Que ironia
Será que irá despertar a Irã dos deuses?
Afinal todo domingo é sagrado!

Explica-me como pode acontecer
O dia da preguiça
Virar de repente o dia do trabalho
Talvez para quem vive de preguiça
Viver seja o seu maior trabalho

Na terra de Macunaíma
Dá-se sempre um jeitinho
De os dias virarem domingos
Criando feriados para todo santo

Só de pensar no dia do trabalho
Deu-me até preguiça de escrever
E seu poema só foi nascer
No segundo dia de maio
Numa segunda de trabalho

Pedro Junqueira Franco de Castro 03:07 02/05/2011

Epitáfio para Osama

Epitáfio para Osama

Espero que a morte do grande cabeça
Represente o fim de tudo o que representa
Que seja o nascimento de mais uma esperança
E não o surgimento de mais uma vingança

Que leve com ele todo fanatismo
Toda sua visão conturbada da religião
Que leve com ele todo o ódio
Toda sua ideologia de terror
Que leve enfim a guerra
E posso nos trazer a paz

Agora então com o inimigo morto
Os vencedores voltem para casa
E deixe em paz quem restou
Que não seja plantada de novo
A pequena semente da humilhação

E que represente uma trégua
Não o inicio de um novo ciclo
Que os olhos e dentes que se confrontavam
Agora deem as mãos e caminhem juntos

Eu prefiro ser otimista e acreditar
Mesmo a historia querendo me mostrar
Que toda derrota deixa sementes de revanche
Reguemos então essas sementes com o amor
E veremos brotar a bela árvore do perdão

Pedro Junqueira Franco de Castro 02:46 02/05/2011

domingo, 1 de maio de 2011

Ou vou-me ou fico

Ou vou-me ou fico

Ou vou-me embora
Ou fico aqui e me perco
Não da mais pra não ser desse mundo
Todo alienígena carece de encontrar sua nave

Ou vou-me embora
Ou fico aqui e me encontro
Não consigo me achar nesse mundo
Todo terráqueo carece de encontrar sua terra

Ou vou-me embora
Ou fico aqui e me aceito
Não existe saída além da morte
Todo ser humano carece ter uma fuga

Ou vou-me embora
Ou fico aqui e me adapto
Não existe adaptação sem aceitação
Todo espelho carece de uma face para refletir

Ou vou-me embora
Ou fico aqui e me conquisto
Não existe conquista sem batalha
Todo ato de luta carece rebeldia de padrões

Ou vou-me embora
Ou fico aqui e me esqueço
Não há existência no esquecimento
Todo existência carece de uma memória

Ou vou-me embora
Ou fico aqui e me envolvo
Não existe sentido nessa época
Todo sentido carece de razão de ser

Ou vou-me embora
Ou fico aqui e me entrego
Não há entrega sem a perda
Toda entrega carece de uma doação

Ou vou-me embora
Ou fico aqui e me liberto
Não há liberdade sem expressão
Toda liberdade carece de espaço para acontecer

Pedro Junqueira Franco de Castro 6:28 01/05/2011