Poema da beleza
Modelos anoréxicas
Que de tanto emagrecer
Até perdem a vida
E até a terra tem estrias
Jovens fisiculturistas
Viciados em anabolizantes
Perdem a vida em academias
E até a terra não é rígida
Senhoras elegantes
Gastam fortunas num instante
E ainda estão a envelhecer
E até a terra tem rugas
Metro sexuais vaidosos
Sempre a buscar mais
Passam a vida a se ver
E até a terra é imperfeita
Mas veja que ironia
A terra tão redonda na tv
E agora que você a vê
Será que vai negar a beleza do ser?
Não critico a beleza
Que hoje até põe a mesa
Só acho que procuras
Algo que já está em você
Pedro Junqueira Franco de Castro 00:27 01/04/2011
quinta-feira, 31 de março de 2011
Poema das 4 estações
Poema das 4 estações
Desperta e vê
Minha primavera é bem mais florida com você
O mundo que estou a lhe oferecer é imenso
É tudo o que você precisa
Meu amor transborda e basta
É cheio e vazio
É claro e escuro
Traz frio para as tardes de sol
E calor para as noites de lua
Desperta e vê
Meu verão é bem mais divertido com você
O mundo que estou a lhe oferecer é intenso
É tudo o que precisa
Meu amor inquieta e faz festa
É sim e não
É certo e errado
Traz paz para os momentos de guerra
E guerra para os momentos de paz
Desperta e vê
Meu outono é bem mais seco sem você
Sem você meu mundo é sem sentido
É tudo sem graça
Meu amor se acaba e se cala
É seco no molhado
É açúcar no salgado
Traz feridas para os bem aventurados
E cicatrizes para os que sozinhos acabam
Desperta e vê
Meu inverno está na eternidade sem você
O mundo se congela a te esperar
É tudo intacto
Meu amor continua e flutua
É som e silencio
É noite e dia
Traz o fim para o começo
E o começo para o fim
Pedro Junqueira Franco de Castro 00:52 18/02/2011
Desperta e vê
Minha primavera é bem mais florida com você
O mundo que estou a lhe oferecer é imenso
É tudo o que você precisa
Meu amor transborda e basta
É cheio e vazio
É claro e escuro
Traz frio para as tardes de sol
E calor para as noites de lua
Desperta e vê
Meu verão é bem mais divertido com você
O mundo que estou a lhe oferecer é intenso
É tudo o que precisa
Meu amor inquieta e faz festa
É sim e não
É certo e errado
Traz paz para os momentos de guerra
E guerra para os momentos de paz
Desperta e vê
Meu outono é bem mais seco sem você
Sem você meu mundo é sem sentido
É tudo sem graça
Meu amor se acaba e se cala
É seco no molhado
É açúcar no salgado
Traz feridas para os bem aventurados
E cicatrizes para os que sozinhos acabam
Desperta e vê
Meu inverno está na eternidade sem você
O mundo se congela a te esperar
É tudo intacto
Meu amor continua e flutua
É som e silencio
É noite e dia
Traz o fim para o começo
E o começo para o fim
Pedro Junqueira Franco de Castro 00:52 18/02/2011
Poema da vida
Poema da vida
Mas o que seria da vida sem a poesia?
Seria só métrica e nada mais caberia
De que bastaria viver?
Se os sonhos são para serem sonhados
E se a vida é para ser vivida
Eu peço o contrario
Quero viver em sonhos
E sonhar em vida
O sonho não me cabe
A vida já me basta
Sonhar me faz voar
Viver me faz crescer
Tudo o que me resta é juntar
E enfim florescer
Não peço só a loucura do poeta
Peço também a lucidez do pescador
Viver não me basta
Eu quero é ser ator
Fantasiar a cada dia um novo papel
Que me faça esquecer da dor
E lembrar que nada é em vão
Quando é feito com a alma e o coração
Mas é preciso ser junto
É preciso ser mundo
Compartilhar uma vida
Para que dentro do sonho
Caiba pai, mãe e filho
Cada um com sua melodia
Dentro de uma mesma canção
Quero a leveza de quem erra sem medo
A leveza de quem acerta por errar
A leveza das almas que seguem
A leveza da natureza
Que tantas vezes precisou errar
A leveza da perfeição construída
Passo a passo
Erro a erro
A algo de belo na imperfeição
Algo que grita
Algo que caminha
Berrarei o quanto precisar
Errarei até me cansar
Tudo o que for preciso para alcançar
Se berro, se grito, se erro
É por que tem algo em mim que não quer se calar
Pedro Junqueira Franco de Castro 01:29 25/03/2011
Mas o que seria da vida sem a poesia?
Seria só métrica e nada mais caberia
De que bastaria viver?
Se os sonhos são para serem sonhados
E se a vida é para ser vivida
Eu peço o contrario
Quero viver em sonhos
E sonhar em vida
O sonho não me cabe
A vida já me basta
Sonhar me faz voar
Viver me faz crescer
Tudo o que me resta é juntar
E enfim florescer
Não peço só a loucura do poeta
Peço também a lucidez do pescador
Viver não me basta
Eu quero é ser ator
Fantasiar a cada dia um novo papel
Que me faça esquecer da dor
E lembrar que nada é em vão
Quando é feito com a alma e o coração
Mas é preciso ser junto
É preciso ser mundo
Compartilhar uma vida
Para que dentro do sonho
Caiba pai, mãe e filho
Cada um com sua melodia
Dentro de uma mesma canção
Quero a leveza de quem erra sem medo
A leveza de quem acerta por errar
A leveza das almas que seguem
A leveza da natureza
Que tantas vezes precisou errar
A leveza da perfeição construída
Passo a passo
Erro a erro
A algo de belo na imperfeição
Algo que grita
Algo que caminha
Berrarei o quanto precisar
Errarei até me cansar
Tudo o que for preciso para alcançar
Se berro, se grito, se erro
É por que tem algo em mim que não quer se calar
Pedro Junqueira Franco de Castro 01:29 25/03/2011
Poema- epitáfio de uma Árvore
Poema- epitáfio de uma Árvore
Eu te fiz sombra
Eu te trouxe pássaros
E foi no meu tronco
Que sua rede amarrou
Fiz de tudo para te encantar
Mas você não pode notar
Você estava cego
Negava minha presença
Eu queria falar sua língua
Eu queria poder fugir
Mas esse direito não tinha
Só me restava florescer
E por pura vaidade
Na calada da noite
Amanheci morta
Não sou mais sombra
Não sou mais ninho
Não sou mais vida
E por pura covardia
O que restou foi pó
Fui sem protestar
E não quero me vingar
Mas se um dia precisar
A minha ausência irá notar
Agora no orvalho da manha
Minhas lagrimas estão a cair
Minha raiz não mais sustenta
Os meu galhos pelo chão
Meu frutos a apodrecer
E minhas flores espalhadas
Mas minha luta é maior
Minha causa é legitima
E sementes eu deixo
Para o dia que se fores
Ou se um dia aprenderes
Que sem mim vida não há
Pedro Junqueira Franco de Castro 10:08 31/03/2011
Eu te fiz sombra
Eu te trouxe pássaros
E foi no meu tronco
Que sua rede amarrou
Fiz de tudo para te encantar
Mas você não pode notar
Você estava cego
Negava minha presença
Eu queria falar sua língua
Eu queria poder fugir
Mas esse direito não tinha
Só me restava florescer
E por pura vaidade
Na calada da noite
Amanheci morta
Não sou mais sombra
Não sou mais ninho
Não sou mais vida
E por pura covardia
O que restou foi pó
Fui sem protestar
E não quero me vingar
Mas se um dia precisar
A minha ausência irá notar
Agora no orvalho da manha
Minhas lagrimas estão a cair
Minha raiz não mais sustenta
Os meu galhos pelo chão
Meu frutos a apodrecer
E minhas flores espalhadas
Mas minha luta é maior
Minha causa é legitima
E sementes eu deixo
Para o dia que se fores
Ou se um dia aprenderes
Que sem mim vida não há
Pedro Junqueira Franco de Castro 10:08 31/03/2011
Poema das línguas
Poema das línguas
Eu me enrosco no seu inglês
Prático, leve e descomprometido
Perco-me no seu português
Complexo, poético e rico
Embaralho-me no seu espanhol
Quente, rítmico e latino
Deixo-me levar pelo seu italiano
Sonoro, forte e indecente
Encanto-me com seu francês
Sofisticado, romântico e elegante
Confundo-me com seu chinês
Isolante, tonal e monossilábico
Mas de que me importa tanta língua
Se o que eu quero te mostrar
Esta no meu gesto e meu olhar
De nada importa tantas línguas
Se a minha língua com a sua
Eu não puder entrelaçar
Pedro Junqueira Franco de Castro 13:31 31/03/2011
Eu me enrosco no seu inglês
Prático, leve e descomprometido
Perco-me no seu português
Complexo, poético e rico
Embaralho-me no seu espanhol
Quente, rítmico e latino
Deixo-me levar pelo seu italiano
Sonoro, forte e indecente
Encanto-me com seu francês
Sofisticado, romântico e elegante
Confundo-me com seu chinês
Isolante, tonal e monossilábico
Mas de que me importa tanta língua
Se o que eu quero te mostrar
Esta no meu gesto e meu olhar
De nada importa tantas línguas
Se a minha língua com a sua
Eu não puder entrelaçar
Pedro Junqueira Franco de Castro 13:31 31/03/2011
segunda-feira, 28 de março de 2011
O goleiro dos cem
O goleiro dos cem
Domingo dia de clássico
Uma tarde de futebol
Corações rivais fervendo
Na tarde uma certeza
Só um pode vencer
Tricolores contra alvinegros
Cores se misturam na torcida
Em cada um corre seu sangue
Mas no coração a mesma paixão
A bola, o gol e o futebol
Como em toda rivalidade
A disputa é truncada
Lance a lance
Chute de fora da área
Faz-se o primeiro gol
O vermelho passa a predominar
Drible na entrada da área
Mais uma falta a se cobrar
A torcida está a clamar
O nome que não se pode calar
Ele olhou para a bola
Deus então olhou para ele
Da bola fez-se a historia
Na rede o centésimo
No coração uma certeza
Sou o goleiro dos cem
Sou Rogerio Ceni
Pedro Junqueira Franco de Castro 12:01 28/03/2011
Domingo dia de clássico
Uma tarde de futebol
Corações rivais fervendo
Na tarde uma certeza
Só um pode vencer
Tricolores contra alvinegros
Cores se misturam na torcida
Em cada um corre seu sangue
Mas no coração a mesma paixão
A bola, o gol e o futebol
Como em toda rivalidade
A disputa é truncada
Lance a lance
Chute de fora da área
Faz-se o primeiro gol
O vermelho passa a predominar
Drible na entrada da área
Mais uma falta a se cobrar
A torcida está a clamar
O nome que não se pode calar
Ele olhou para a bola
Deus então olhou para ele
Da bola fez-se a historia
Na rede o centésimo
No coração uma certeza
Sou o goleiro dos cem
Sou Rogerio Ceni
Pedro Junqueira Franco de Castro 12:01 28/03/2011
domingo, 27 de março de 2011
Poema-bossa para Julieta
Poema-bossa para Julieta
No sotaque carioca
Ela quer esconder
O passado recente
Que lhe viu crescer
Com seus passos
Sempre imponentes
Caminha a praia
Que está a te admirar
Com seus olhos
Redondos e morenos
Ela olha em sua volta
E todos estão a te olhar
Com seu sorriso
Beleza suprema
Ela sabe que pode
Todo o mundo tocar
Com suas fases
Ela é como a lua
E só entrega o segredo
Pra quem lhe sabe amar
No seu nome Julieta
Apenas um Romeu
É capaz de notar
O amor que pode encantar
Como todo musa
Ela passa com a sua beleza
Esnobando a tristeza
De quem só quer te amar
Pedro Junqueira Franco de Castro 15:42 27/03/2011
No sotaque carioca
Ela quer esconder
O passado recente
Que lhe viu crescer
Com seus passos
Sempre imponentes
Caminha a praia
Que está a te admirar
Com seus olhos
Redondos e morenos
Ela olha em sua volta
E todos estão a te olhar
Com seu sorriso
Beleza suprema
Ela sabe que pode
Todo o mundo tocar
Com suas fases
Ela é como a lua
E só entrega o segredo
Pra quem lhe sabe amar
No seu nome Julieta
Apenas um Romeu
É capaz de notar
O amor que pode encantar
Como todo musa
Ela passa com a sua beleza
Esnobando a tristeza
De quem só quer te amar
Pedro Junqueira Franco de Castro 15:42 27/03/2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
o abismo e o caos
o medo toma
fera indomável
pessimismo retoma
deixa instável
lanço ao mar
esperança da raça
seu único lar
se vai na barcaça
silencio,
solidão.
na calada da noite
uma sombra invade
golpe com açoite
inicio da tempestade
as lágrimas no chão
incerteza clara a brandar
o anuncio da submissão
sozinho sem me habitar
abismo,
caos.
o medo toma
fera indomável
pessimismo retoma
deixa instável
lanço ao mar
esperança da raça
seu único lar
se vai na barcaça
silencio,
solidão.
na calada da noite
uma sombra invade
golpe com açoite
inicio da tempestade
as lágrimas no chão
incerteza clara a brandar
o anuncio da submissão
sozinho sem me habitar
abismo,
caos.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Poema inacabado
Poema inacabado
Começo me animo
Não sei se termino
No meio deparo
E sem o fim me calo
No começo é rima
Só sei que fascina
Mas vem a rotina
E sem fim termina
Inicio, meio e fim
Será tão estranho assim
Começar e nunca acabar
Rimar mas não terminar
E sem pé nem cabeça
Como historia sem fim
Perco o fio da meada
Acabo motivo de piada
Pedro Junqueira Franco de Castro 00:51 09/02/2011
Começo me animo
Não sei se termino
No meio deparo
E sem o fim me calo
No começo é rima
Só sei que fascina
Mas vem a rotina
E sem fim termina
Inicio, meio e fim
Será tão estranho assim
Começar e nunca acabar
Rimar mas não terminar
E sem pé nem cabeça
Como historia sem fim
Perco o fio da meada
Acabo motivo de piada
Pedro Junqueira Franco de Castro 00:51 09/02/2011
Poema para a gata borralheira
Poema para a gata borralheira
Da licença tenho pressa
Sai que agora eu vou passar
Sou a moça da limpeza
E estou sempre a limpar
Com licença é o que me pedem
E estão sempre a passar
Quem me olha não vê
Sou mais uma a se calar
Com licença expediente
Meu serviço acabei
Sou a gata borralheira
Tenho muito a sonhar
Muita licença minha gente
Pois meu príncipe vai passar
Ele diz que é servente
Está sempre a me paquerar
Da licença mas me cansei
E agora eu vou falar
A sujeira é o que vai ver
Se um dia eu me vingar
Pedro Junqueira Franco de Castro 02:43 24/03/2011
Da licença tenho pressa
Sai que agora eu vou passar
Sou a moça da limpeza
E estou sempre a limpar
Com licença é o que me pedem
E estão sempre a passar
Quem me olha não vê
Sou mais uma a se calar
Com licença expediente
Meu serviço acabei
Sou a gata borralheira
Tenho muito a sonhar
Muita licença minha gente
Pois meu príncipe vai passar
Ele diz que é servente
Está sempre a me paquerar
Da licença mas me cansei
E agora eu vou falar
A sujeira é o que vai ver
Se um dia eu me vingar
Pedro Junqueira Franco de Castro 02:43 24/03/2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
Poema do amor
Me diz por que choras
Se o mundo está a sorrir
Me diz por que se cala
Se o pássaro está a cantar
Me diz por que se fechas
Se a flor está a se abrir
Por que tanto me procuras
Por que não relaxa e contempla
Contempla a cor do caju
Contempla o canto do uirapuru
Contempla o sabor do cacau
Por que tanto pergunta
Por que não se cala e observa
Observa a flor e seu fruto
Observa a abelha e seu mel
Observa saturno e seu anel
Por que me procura no jardim alheio
Se é no seu que eu fiz meu leito
Não estou ao longe
Olhe para o seu coração
E eu estou a bater
Posso até ser seu Deus
Mas para um ateu
Eu sou apenas o amor
Sou eu que uno os gametas
Eu que fiz todo planeta
Se procuras e não me achas
Deve estar perdido ou faz pirraça
Por que eu sou o que não se cala
Eu estou sempre a fluir
E sou eu que não te deixo cair
Pedro Junqueira Franco de Castro 22:30 23/03/2011
Se o mundo está a sorrir
Me diz por que se cala
Se o pássaro está a cantar
Me diz por que se fechas
Se a flor está a se abrir
Por que tanto me procuras
Por que não relaxa e contempla
Contempla a cor do caju
Contempla o canto do uirapuru
Contempla o sabor do cacau
Por que tanto pergunta
Por que não se cala e observa
Observa a flor e seu fruto
Observa a abelha e seu mel
Observa saturno e seu anel
Por que me procura no jardim alheio
Se é no seu que eu fiz meu leito
Não estou ao longe
Olhe para o seu coração
E eu estou a bater
Posso até ser seu Deus
Mas para um ateu
Eu sou apenas o amor
Sou eu que uno os gametas
Eu que fiz todo planeta
Se procuras e não me achas
Deve estar perdido ou faz pirraça
Por que eu sou o que não se cala
Eu estou sempre a fluir
E sou eu que não te deixo cair
Pedro Junqueira Franco de Castro 22:30 23/03/2011
terça-feira, 22 de março de 2011
Poema da água
Poema da água
Sou eu que levo o sangue
Sou eu que carrego a seiva
Sou eu que trago a cura
Sou eu que faço a curva
Sou eu do céu a cair
Se estás a chorar
Sou eu querendo fluir
Se estás a sorrir
Sou eu querendo florir
Se estás a cantar
Sou eu querendo vibrar
Se há estrelas no céu
Eu estou a refletir
Se há seca no sertão
Eu estou a molhar
Se há tristeza no coração
Só eu posso limpar
Se hoje estou suja
Na certa você esqueceu
Antes mesmo do espelho
O seu reflexo sou eu
A sujeira que eu reflito
Para não me calar
Eu sou a água
Meu canto encanta
Minha beleza é tanta
Minha força leva
Mas faça uma reza
Estarei a precipitar
Pedro Junqueira Franco de Castro 22/03/2011 15:03
Sou eu que levo o sangue
Sou eu que carrego a seiva
Sou eu que trago a cura
Sou eu que faço a curva
Sou eu do céu a cair
Se estás a chorar
Sou eu querendo fluir
Se estás a sorrir
Sou eu querendo florir
Se estás a cantar
Sou eu querendo vibrar
Se há estrelas no céu
Eu estou a refletir
Se há seca no sertão
Eu estou a molhar
Se há tristeza no coração
Só eu posso limpar
Se hoje estou suja
Na certa você esqueceu
Antes mesmo do espelho
O seu reflexo sou eu
A sujeira que eu reflito
Para não me calar
Eu sou a água
Meu canto encanta
Minha beleza é tanta
Minha força leva
Mas faça uma reza
Estarei a precipitar
Pedro Junqueira Franco de Castro 22/03/2011 15:03
segunda-feira, 21 de março de 2011
Poema para uma tia especial
Poema para uma tia especial
Já fui bióloga
Já fui podóloga
Já fiz ioga
E fui a sinagoga
Eu fiz cinema
Estudei o xilema
Mas o meu dilema
É nunca ter ido a Borborema
Já sonhei com fadas
E com heróis e suas espadas
Brinquei com gnomos
E fui amiga de duendes
Da ficção a fantasia
Passei por tudo que me cabia
Fui de bruxa à hinduísta
Vim para fazer companhia
E mostrar a poesia
Fui o avesso do avesso
Mas por tanto errar
Quiseram me esnobar
E esqueceram da leveza do ser
Que está sempre a brincar
Pedro Junqueira Franco de Castro 00:08 22/03/2011
Já fui bióloga
Já fui podóloga
Já fiz ioga
E fui a sinagoga
Eu fiz cinema
Estudei o xilema
Mas o meu dilema
É nunca ter ido a Borborema
Já sonhei com fadas
E com heróis e suas espadas
Brinquei com gnomos
E fui amiga de duendes
Da ficção a fantasia
Passei por tudo que me cabia
Fui de bruxa à hinduísta
Vim para fazer companhia
E mostrar a poesia
Fui o avesso do avesso
Mas por tanto errar
Quiseram me esnobar
E esqueceram da leveza do ser
Que está sempre a brincar
Pedro Junqueira Franco de Castro 00:08 22/03/2011
domingo, 20 de março de 2011
Poema da vocação
Poema da vocação
Misturo a farinha
Adiciono o fermento
O aroma se espalha no vento
A paz que me trás
Vai do azul ao lilás
Me sinto o poeta do tempo
Me perco no verso
Me embaralho no livro
As palavras se perdem no ar
Como é doce a rima
Que se faz e me ensina
A brincar sempre a luz do luar
Eu toco meu samba
Me embalo no rock
E logo estou a cantar
Na musica ou na dança
Me faço criança
Sou mais um poeta a brincar
Pedro Junqueira Franco de Castro 21/03/2011 02:01
Misturo a farinha
Adiciono o fermento
O aroma se espalha no vento
A paz que me trás
Vai do azul ao lilás
Me sinto o poeta do tempo
Me perco no verso
Me embaralho no livro
As palavras se perdem no ar
Como é doce a rima
Que se faz e me ensina
A brincar sempre a luz do luar
Eu toco meu samba
Me embalo no rock
E logo estou a cantar
Na musica ou na dança
Me faço criança
Sou mais um poeta a brincar
Pedro Junqueira Franco de Castro 21/03/2011 02:01
sábado, 19 de março de 2011
Poema do desencontro
Poema do desencontro
Agora vou-me embora amiga
Nossas almas não se acalentam
Nossa presença agora é ausência
Nossos abraços são apenas de braços
Nosso apertos são apenas de mão
Nosso perfume foi contaminado
Na certa por odores alheios
Nossa água já não é mais pura
Nossa prosa agora tem métrica
Nossa poesia já sem coração
Vou-me mas sem mãos vazias
Apesar de tudo nada foi em vão
Nosso baú ainda tem fantasias
Nosso choro ainda é de alegria
Nossa esperança ainda tem salvação
Pedro Junqueira Franco de Castro 4:41 02/02/2011
Agora vou-me embora amiga
Nossas almas não se acalentam
Nossa presença agora é ausência
Nossos abraços são apenas de braços
Nosso apertos são apenas de mão
Nosso perfume foi contaminado
Na certa por odores alheios
Nossa água já não é mais pura
Nossa prosa agora tem métrica
Nossa poesia já sem coração
Vou-me mas sem mãos vazias
Apesar de tudo nada foi em vão
Nosso baú ainda tem fantasias
Nosso choro ainda é de alegria
Nossa esperança ainda tem salvação
Pedro Junqueira Franco de Castro 4:41 02/02/2011
Poema da inquietação
Poema da inquietação
Não sei se carência
Não sei se indecência
Só sei que não me falta tesão
Não sei se me roço
Não sei se me coço
Só sei que não fico na mão
Não sei se me mato
Não sei se me castro
Só sei viver sem alguma razão
Não sei capacho
Não sei se esculacho
Só sei que vou na contra mão
Não sei se inquieto
Não sei se aflito
Só sei que não acalmo o coração
Pedro Junqueira Franco de Castro 14:45 02/02/2011
Não sei se carência
Não sei se indecência
Só sei que não me falta tesão
Não sei se me roço
Não sei se me coço
Só sei que não fico na mão
Não sei se me mato
Não sei se me castro
Só sei viver sem alguma razão
Não sei capacho
Não sei se esculacho
Só sei que vou na contra mão
Não sei se inquieto
Não sei se aflito
Só sei que não acalmo o coração
Pedro Junqueira Franco de Castro 14:45 02/02/2011
Poema na contra-mão
Poema na contra-mão
A gente não ama
A gente se inflama
A gente não sorri
A gente se mata de rir
A gente não chora
A gente implora
A gente não transa
A gente faz extravagância
A gente não exagera
A gente se supera
A gente não dança
A gente vira criança
A gente não grita
A gente te irrita
A gente não se comporta
A gente se entorta
Somos a turma do bueiro
Sem eira
Sem beira
Que tosse
Que torce
Que vira e desvira
Que nunca termina
Que está sempre pronta pra outra
Que sempre quer mais uma dose
Que não se importa com a morte
Que vive na noite
Que dorme no dia
Que sempre faz boemia
Que nunca esquece a poesia
Somos a turma do porão
Sem dinheiro
Sem emprego
Mas nunca sem diversão
Que entorpece
Que se esquece
Que desce e sobe
Que sempre conta com a sorte
Que nunca esta satisfeita
Que nunca faz nada direito
Que vive na escuridão
Que sonha com uma paixão
Que sempre esta na farra
Que nunca foge da raia
Querendo ou não
Somos da turma da contramão
Contra patrão
Contra alienação
Contra nação
Contra adoração
Contra eleição
Contra razão
Contra alcorão
Conta qualquer religião
Vamos em frente sem dente
Sempre contra corrente
Mas sem vergonha de dizer
Que aqui jaz um descrente
Pedro Junqueira Franco de Castro 05/02/2011 00:32
A gente não ama
A gente se inflama
A gente não sorri
A gente se mata de rir
A gente não chora
A gente implora
A gente não transa
A gente faz extravagância
A gente não exagera
A gente se supera
A gente não dança
A gente vira criança
A gente não grita
A gente te irrita
A gente não se comporta
A gente se entorta
Somos a turma do bueiro
Sem eira
Sem beira
Que tosse
Que torce
Que vira e desvira
Que nunca termina
Que está sempre pronta pra outra
Que sempre quer mais uma dose
Que não se importa com a morte
Que vive na noite
Que dorme no dia
Que sempre faz boemia
Que nunca esquece a poesia
Somos a turma do porão
Sem dinheiro
Sem emprego
Mas nunca sem diversão
Que entorpece
Que se esquece
Que desce e sobe
Que sempre conta com a sorte
Que nunca esta satisfeita
Que nunca faz nada direito
Que vive na escuridão
Que sonha com uma paixão
Que sempre esta na farra
Que nunca foge da raia
Querendo ou não
Somos da turma da contramão
Contra patrão
Contra alienação
Contra nação
Contra adoração
Contra eleição
Contra razão
Contra alcorão
Conta qualquer religião
Vamos em frente sem dente
Sempre contra corrente
Mas sem vergonha de dizer
Que aqui jaz um descrente
Pedro Junqueira Franco de Castro 05/02/2011 00:32
Poema da despedida
Poema da despedida
E é tudo tão lindo assim
Incompleto e inacabado
Amores as traças se calam
Abandonados a sorte
Pedindo perdão
Fugindo da solidão
Amores que se foram
Partiram na inquietação
A paz se vai
O cais nunca mais
A alma congela
A imagem que se vai
Agora tudo em uma mão
Apesar do retrato
No fundo do quarto
Na cozinha a panela
E sua flanela
Que agora limpa o chão
Vai ser tudo em vão
Se agora ficares
Pois não há mais espaço
Para nossa canção
No fundo a esperança
Cansou de pedir perdão
Pedro Junqueira Franco de Castro 01:12 09/02/2011
E é tudo tão lindo assim
Incompleto e inacabado
Amores as traças se calam
Abandonados a sorte
Pedindo perdão
Fugindo da solidão
Amores que se foram
Partiram na inquietação
A paz se vai
O cais nunca mais
A alma congela
A imagem que se vai
Agora tudo em uma mão
Apesar do retrato
No fundo do quarto
Na cozinha a panela
E sua flanela
Que agora limpa o chão
Vai ser tudo em vão
Se agora ficares
Pois não há mais espaço
Para nossa canção
No fundo a esperança
Cansou de pedir perdão
Pedro Junqueira Franco de Castro 01:12 09/02/2011
Poema do amor instantâneo
Poema do amor instantâneo
Chegou tirando pedaço
Pegando no braço
Fazendo um laço
Chegou como um veneno
Ficou por um momento
E deixou só o tormento
Foi letal
Foi fatal
Chegou a ser meu carnaval
Se foi a quarta feira
Foi só zoeira
Não mais voltou
Nem me explicou
Deixou vazio
Foi o espinho
O que restou da flor
Me embriaguei
Me dopei
Me entorpeci
Te implorei e me humilhei
O que me resta é desprezar
É te sujar e me calar
Pedro Junqueira Franco de Castro 2:44 15/03/2011
Chegou tirando pedaço
Pegando no braço
Fazendo um laço
Chegou como um veneno
Ficou por um momento
E deixou só o tormento
Foi letal
Foi fatal
Chegou a ser meu carnaval
Se foi a quarta feira
Foi só zoeira
Não mais voltou
Nem me explicou
Deixou vazio
Foi o espinho
O que restou da flor
Me embriaguei
Me dopei
Me entorpeci
Te implorei e me humilhei
O que me resta é desprezar
É te sujar e me calar
Pedro Junqueira Franco de Castro 2:44 15/03/2011
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