quarta-feira, 22 de março de 2017

Para não dizer que não falei dos espinhos

Para não dizer que não falei dos espinhos

Quem disser que não viu o espinho
Se esqueceu que no caminho
Há uma terceira margem na flor
Que a dor não nos deixa mentir

Fruto de atos inconsequentes
Nutrido por maus pensamentos
Nasceu um espinho na flor
Com ela sempre vai estar

A flor na sua inocência
Sem querer se viu espinho
Pediu perdão pelas horas
Ficou à esperar a sorte

Entregue a hábitos furtivos
Que lhe furtavam o destino
Paga hoje o preço da escolha
De na hora certa se omitir

Colocou-se em silêncio a flor
Pois de espinho não se fala
Se chora, se cala e deixa ir
Não se guarda a mágoa

Pedro Junqueira Franco de Castro 20/02/2017

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